Imobilizador de Joelho

QUAIS OS TIPOS DE IMOBILIZADOR?

Existem no mercado diversos tipos de imobilizadores para a articulação do joelho. Podemos dividi-los em 3 grupos: ÓRTESES DE REABILITAÇÃO, utilizadas na recuperação pós-operatória; ÓRTESES PROFILÁTICAS, com o intuito de proteger as estruturas da articulação de alguma lesão durante atividade esportiva e as ÓRTESES FUNCIONAIS, utilizadas na prevenção de lesão em um joelho normal.  Vamos focar neste último grupo.

EM QUAIS LESÕES DEVEMOS USÁ-LOS?

Muitos estudos foram realizados e com diferentes metodologias para avaliar a real eficácia, sendo a grande maioria deles voltados para pacientes com lesão no LCA (ligamento cruzado anterior).

O paciente com lesão no LCA possui instabilidade anterior (tendência da tíbia em ir para frente em relação ao fêmur) e rotacional (a tíbia literalmente pode girar em relação ao fêmur) e esta lesão é bastante incapacitante para atividades esportivas que envolvam movimentos de mudança de direção e freada brusca como futebol, vôlei, basquete, rugby, artes marciais, etc.

Pacientes com lesão do LCP (ligamento cruzado posterior) ou LCM (ligamento colateral medial) são comumente tratados com órteses / imobilizadores para auxiliar na cicatrização dessas estruturas, já que ambas possuem boa capacidade de cicatrização, mas o uso desses aparelhos para a realização de atividade física já não há comprovação de sua eficácia.

A UTILIZAÇÃO DO MESMO É REALMENTE BENPEFICA?

A literatura (estudos) ainda não conseguiu confirmar se o uso da órtese traz benefício, atrapalha ou é indiferente. As órteses utilizadas pós-cirurgia do LCA podem auxiliar na manutenção da extensão do joelho e diminuição do inchaço nos primeiros dias, mas não é algo certo.

Um grupo de pacientes que realmente pode se beneficiar do uso da órtese são aqueles com deficiência do LCA, já que a órtese articulada tende a evitar ou diminuir a postura em valgo dinâmico (movimento do joelho angular para dentro) e estabilizar melhor o movimento.

Por fim, o uso da órtese pode ser considerado em qualquer um desses casos avaliando-se o ganho funcional e o gasto financeiro do paciente e alguns pacientes possuem bastante efeito psicológico positivo com seu uso. Quem sabe em um futuro próximo todas essas dúvidas são elcidadas.

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